Publicado em: 18/10/2018
Saber identificar, prevenir e tratar as principais doenças que atingem os suínos torna-se essencial no competitivo e exigente mercado da suinocultura.
Doenças infectocontagiosas em suínos afetam diretamente o fluxo de produção e diminuem significativamente a lucratividade dos criadores. As três principais doenças que levam a estas disfunções são a parvovirose, a erisipela e a leptospirose, responsáveis por abortos, aumento do número de natimortos e de fetos mumificados, diminuição da taxa de partos, além do retorno ao cio e infertilidade nas fêmeas.
Parvovirose
O vírus atravessa a placenta e se multiplica lentamente no útero, causando aborto e fetos mumificados em vários estágios. Se a gestação chega ao fim, pode ocorrer a presença de fetos mumificados, leitões vivos normais, leitegada fraca e de tamanho reduzido. A contaminação ocorre com a ingestão de restos de placenta no momento do parto.
Erisipela
A doença é caracterizada por septicemia, lesões cutâneas, poliartrites, lesões nas válvulas cardíacas, pode acontecer aborto e lesões de células espermiogênicas. A infecção natural por erisipela em suínos pode ocorrer por consumo de alimentos e água contaminados ou ferimentos na pele.
Leptospirose
Roedores e animais silvestres atuam como portadores de leptospirose. Os ratos tem sido fonte de infecção para suínos, que pode ocorrer por via oral, venérea, por meio da pele lesada, via conjuntiva ou através das mucosas. O aborto e demais complicações reprodutivas ocorrem pela infecção dos fetos na fase de leptospiremia na fêmea.
A vacinação é uma excelente prática de controle de doenças infectocontagiosas em suínos. As granjas de reprodutores certificadas devem estar livres ou controlar as doenças por meio da vacinação. A vacina deve ser usada aliada a outras medidas preventivas como higienização e tratamento medicamentoso.
Geralmente é dado a vacina quando a fêmea desmama. Não é indicado quando a porca já está prenha. O manejo da matriz antes de ela chegar na sala de parto deve seguir uma série de procedimentos, como garantir um lugar tranquilo, arejado, com superfície do chão seca e limpa, não pode haver interferência de sujidades no aparelho genital.
Alguma das grandes granjas no país já aderiram ao banho de higienização para evitar que parasitas entrem em contato com os recém nascidos. O monitoramento dos animais é muito importante. Proteger a matriz e demais suínos de possíveis doenças que podem ser transmitidas aos leitões é essencial para o desenvolvimentos de animais saudáveis e granjas diferenciadas.
Fonte: Globo Rural, Portal Suínos e Aves, Suinocultura Industrial.